O debate sobre políticas públicas de juventude no Brasil avançou em pouco tempo. Mas ainda há muito por fazer. Este blog tem como objetivo resgatar parte desse acúmulo histórico e discutir as políticas públicas para a juventude.

Pra começo de conversa...levante sua bandeira!!!

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segunda-feira, 2 de junho de 2008

1° Desafio : Educação e Trabalho




Embora o país tenha avançado, principalmente na ampliação do acesso ao ensino fundamental, ainda é preciso erradicar o analfabetismo, garantir que todos os jovens completem seus estudos e, sobretudo, melhorar a qualidade da educação.
Os estudantes não se reconhecem no conteúdo e no ambiente da escola. O mundo escolar parece não orbitar no universo juvenil: um e outro estão separados, muitas vezes, por muros altos e grades. Os índices de evasão, as taxas de repetência e os casos de pichação e depredação são sintomas dessa distância.




  • Apenas 24% dos estudantes acham que a escola entende muito o jovem. (Instituto Cidadania, 2003).


  • Apenas 3,6% dos jovens entre 20 a 24 anos chegaram à universidade (PNAD, 2003).
    1,3 milhão de jovens são analfabetos. (PNAD, 2003).


  • Os jovens brasileiros atingirão a escolaridade média atual dos jovens chilenos somente em 2016. (PNAD, 2002 e CASEN, 2000).



Ao mesmo tempo, é fundamental reconhecer que educação e trabalho não são dimensões separadas na vivência juvenil. Através do trabalho continuado, o jovem melhora a sua vida no presente e também assegura um futuro autônomo, sem dependência em relação a seus pais.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, os jovens ocuparam cerca de 90% das 6 milhões de novas vagas criadas com carteira assinada no mercado de trabalho entre 2003 e 2007(CAGED). Ainda assim, muitos continuam esperando na fila: o desemprego tem afetado mais intensamente a juventude.
Diante da escassez de oportunidades profissionais, os jovens acabam se dedicando a bicos e quebra-galhos, ganhando mal e, geralmente, na informalidade.



É preciso oferecer oportunidades de formação profissional e criar novos postos de trabalho, em condições dignas e com remuneração justa.
Nos dias de hoje, não se trata mais de estudar antes como forma de se preparar para conseguir um emprego depois. O banco da escola está ao lado da cadeira de escritório: é preciso criar condições para que os jovens possam se dedicar à sua formação educacional de modo integrado à sua inserção e permanência no mundo produtivo.





  • 76% dos jovens acham a escola muito importante para o futuro profissional. (Instituto Cidadania, 2003).


  • Educação e emprego são os assuntos que mais interessam aos jovens. (Instituto Cidadania, 2003).

Documento Base da 1a. Conferência Nacional de Juventude
Autores: Antonio Lino, Alessandro de Leon, Carlos Odas, Edson Pistori, Jonas Valente, José Ricardo, Raquel Souza e Wagner Romão.

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